Futuro da comida: como vamos comer em 2169?

Futuro da comida: como vamos comer em 2169?

Pensar em como serão as coisas daqui a 15 ou 30 anos já é um exercício difícil – tudo muda muito rápido. Pensar em como vai ser daqui a 150 anos, então, é ainda mais difícil.

O estudo do Sainsbury’s sobre o futuro da comida fez esse exercício para mostrar o que pode mudar na produção e na forma com que consumimos os alimentos. Já falamos aqui sobre como será esse futuro em 2025 e 2050, agora, vamos ver como as coisas poderão ser lá em 2169.

Cultivo na água salgada e no deserto

Plantar de novas formas:
desertos e até a água salgada podem ser utilizados na produção de alimentos

Um dos desafios na produção de alimentos já bastante discutido hoje é sobre quais recursos ainda teremos para o plantio e a criação de animais. Teremos terras férteis? Teremos água? Na visão de futuro do Sainsbury’s, uma das alternativas é plantar em lugares onde antes nem imaginaríamos que fosse possível.

Uma delas é o plantio que utiliza água salgada na irrigação, uma forma de cultivo que já tem sido testada em 2019 – e com sucesso. Outro modelo é plantar em áreas até então desertas, recuperando o solo para que se torne rico em nutrientes e próprio para o plantio.

Robôs

Robôs e inteligência artificial serão usados para plantar e
recuperar o solo

A tecnologia tem participação importante na visão de futuro do alimento. Com menos terras, menos recursos e buscando evitar o desperdício de comida, a inteligência artificial pode ser uma ferramenta na hora de se pensar a agricultura do futuro.

Já existem robôs, os AgRobots, que atuam na agricultura plantando, irrigando e até colhendo os alimentos. Sua capacidade rápida de processar informações pode ajudar também na hora de indicar como recuperar o solo para que o plantio seja realizado corretamente, sem afetar de forma negativa a terra.

Personalização do alimento

Personalização do alimento: nutrientes na veia e chips que detectam o que você precisa comer

Pessoas com chips implantados no corpo, que recolhem e analisam seus dados, já é uma realidade: estima-se que 4 mil pessoas na Suécia já usam esses chips para acessarem prédios, fazerem pagamentos e pegarem o transporte público. O mesmo pode se aplicar à comida.

Na visão futurista da Sainsbury’s, uma pessoa com chip implantando no corpo poderá saber que nutrientes precisa e pedir sua comida de acordo com essas necessidades. O supermercado receberia as informações, separaria e enviaria os alimentos e ingredientes – o que ajuda a combater o desperdício de comida também, já que a porção preparada é ideal para o que o corpo precisa.

Uma versão mais radical seria adquirir os nutrientes da alimentação por meio de implantes na pele. A startup Get A Drip já faz isso injetando na veia nutrientes necessários para recuperar as energias do corpo depois de uma noite de bebedeira, por exemplo.

Mas não vamos mais comer?

Socialmente, a comida
sempre será importante

Vamos, claro! Segundo o Sainsbury’s, teremos mais tempo livre daqui a 150 anos, pois os robôs e a inteligência artificial ficariam com o “trabalho pesado”, enquanto nós teríamos mais tempo para nos dedicarmos a coisas como… cozinhar.

Mesmo se a alimentação diária chegasse ao ponto de se resumir a nutrientes injetados nas nossas veias, muitas das interações sociais e comemorações vão seguir acontecendo ao redor da comida.

É uma visão bem sci-fi desse futuro da comida e difícil imaginar como seria trocar um prato cheio e saboroso por algumas gotinhas de vitaminas na veia. Será que seguiremos nesse caminho?

a crudo é uma consultoria especializada no universo de hospitalidade, alimentos & bebidas. analisamos comportamentos e identificamos tendências para que nossos clientes ofereçam experiências únicas e relevantes.

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